Seu casamento aos 26 anos com Gunnar Vingren, doze anos mais velho do que ela, fez cumprir uma palavra profética proferida quando da chamada do esposo para o Brasil. Ivar, Ruben, Margit, Astrid, Bertil e Gunvor foram os filhos que Deus deu ao casal, os quais foram criados com inigualável dedicação. O dia-a-dia do lar de Frida sempre foi de muitas surpresas, tribulações e ciladas. No início de sua vida conjugal, teve que adaptar-se aos mais dificéis e primitivos meios para que se efetuasse a Obra de Deus.
O clima saudável da Europa fora trocado pelo forte calor tropical. As primeiras residências eram paupérrimas e a alimentação deficiente; muitas vezes banana com farinha, o que não a impedia, junto com o companheiro, de sentir o poder de Deus e a presença real do Espírito Santo. Nunca desvaneceu, mesmo estando acometida de malária com terríveis ataques ataques de febre, chegando seu pulso a parar completamente e seus nervos ficarem esgotados a ponto de Vingren pedir que Deus ou a curasse ou então a levasse. Eram lutas grandiosas que foram vencidas com oração e jejum. Foi o preço do trabalho, os muitos dias e noites de oração, lágrimas e agonias.
Logo após a chegada ao Rio de Janeiro desenvolveu então intensas atividades evangelísticas, substituindo o marido quando este visitava o campo. Possuía o dom de ensinar e pregar como ninguém e por essa razão não deixou de sofrer criticas.Com surpreendente noção da palavra escrita, colaborou nos Jornais Boa Semente, O Som Alegre e Mensageiro da Paz, bem como comentou as Lições Bíblicas. Compôs 23 cânticos de louvor ao Senhor Jesus inseridos na Harpa Cristã e fez algumas traduções.
Muito amorosa e dedicada à família, esforçava-se demais pelos filhos tendo como resultado o interesse dos mesmos para as coisas de Deus. No túmulo de sua mãe, Ivar, o filho mais velho, escreveu: "Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará sem dúvida com alegria, trazendo consigo os seus molhos", Sl. 126.6. Ao contrário do esposo que tinha aquela maneira especial de louvar a Deus, sempre rindo e cantando hinos espirituais quando pregava, Frida vivia constantemente de joelhos, chorando e orando, pedindo a Deus pela Obra no Brasil e pela salvação das almas.

Um dos hinos de Frida Vingren, o de número 26 da Harpa Cristã, mostra a felicidade que o crente sente em apenas pensar na futura morada celestial. O panorama que ela descreveu, inspirada por Deus, nos faz habitar por antecipação "na cidade que não tem igual, onde os muros são de puro jaspe e as ruas de ouro e cristal."
Eliézer Cohen
Fonte: CPAD/Revista Círculo de Oração, Ano VII, Julho a Setembro de 1989, nº 28, página 29.
Frida é exemplo de fé e serviço ao Mestre, para homens e mulheres do nosso tempo.
ResponderExcluirEla serviu ao Senhor com tanta dedicação, com temor e temor, que seus louvores, incluídos na Harpa Cristão, nos levam a presença de Deus: "Bem-aventurado aquele que confia", "Quem quiser de Deus ter a coroa passará por mais tribulação",...
Nós, diante dos problemas gritamos, esperneamos, dizemos que Deus nos esqueceu, e não paramos para imaginar, "que nossa momentânea tribulação não dá para comparar com a glória que há de vir a ser revelada a nós". Ela antevia isto, e vivia de acordo com a Palavra.
Em Cristo,
Elizama Barbosa