
Ora, se a
corte celestial se reúne para comemorar o novo nascimento de uma pessoa, fica
mais que provado que, do ponto de vista divino, o valor de uma ovelha no
rebanho do Senhor é deveras elevado, e o preço de uma conversão está
relacionado à grandeza do sacrifício de Cristo, executado em favor de toda a
humanidade.
Lidar com as ovelhas do pasto do Senhor não é tarefa muito fácil. Por
outro lado, não são todos os obreiros que tem a verdadeira chamada para essa
nobre missão. Acredito que o texto de Ezequiel 34.4 seja o mais completo, se a
intenção é fazer uma análise seria de como deve ser o comportamento pastoral em
relação as mais diversas classes de pessoas que compõem a igreja. E o ministro
do Evangelho, na qualidade de pastor, precisa estar preparado para lidar com
cada uma.
A Bíblia exorta ser amoroso no trato. Aliás, o amor é a virtude mais
exigida em sua vida. Todavia, o amor pastoral, em relação ao comportamento da
ovelha, tem regras constituídas de princípios que visam o bem-estar dos membros
da igreja e da obra de Deus como um todo. Sendo assim, a disciplina na igreja
sempre foi e continuará sendo uma necessidade. Existem muitas referências no
texto sagrado sobre esse tema. O capitulo que melhor enfoca o assunto é I
Coríntios 5. O texto trata de uma postura pecaminosa sem arrependimento. Por
essa razão, apóstolo Paulo se posicionou a favor da disciplina para os
envolvidos. É aí, a meu ver, que está o “x” da questão: Quando a ovelha deve
ser excluída?
Pela abrangência que envolve tal controvérsia, não tenho a intenção de
definir uma regra para o problema. No entanto, compreendo que o pastor deve
levar muitos fatores em consideração antes de tomar a amarga decisão de excluir
uma pessoa do rol de membros. Essa atitude não deve ser por partidarismo,
vingança ou por qualquer razão desvinculada da real finalidade da disciplina
vista no texto sagrado. A correta disciplina está ligada, fundamentalmente, a três
fatores: o bem do transgressor, o bem da igreja, e o bem do mundo.
Certa ocasião, um pastor disse que um de seus momentos mais difíceis era
quando tinha que excluir um membro. Ele entrava no gabinete e chorava muitas
lágrimas aos pés do Senhor.
Este é um testemunho lindo e expressa o amor pastoral, que deve ser
sempre uma constante, a fim de estabelecer uma boa imagem do corpo de Cristo em
relação a si mesmo, ao excluído, e aos que estão de fora.
*Edimar Santos, AD de Santa
Luzia, São Gonçalo, RJ.
Fonte: Mensageiro da Paz,
dezembro de 1995, página 03.
Obs: Não usamos o termo “excluir”, e sim
desligamento, porém, como não é um texto de minha autoria e tendo em vista já ter quase vinte anos que foi escrito, preferir ser fiel ao original.
Nenhum comentário:
Postar um comentário