sábado, 24 de abril de 2021

A MÍDIA, A POLITICA E AS FAKE NEWS

Nos últimos anos e com o avanço das tecnologias, as redes sociais e a mídia em geral, vem contribuído de uma forma gigantesca no meio político. Seja para informações falsas ou verdadeiras, tem sido bastante utilizada, e como tudo que é produzido pela mente humana, tem seu lado positivo e também o negativo, dependendo assim de quem usa e para o que vai usar. 

As Fake News chamadas notícias falsas, tem sido jorrada de forma assustadora, o que tem colocado em descrédito as informações e alguns meios de comunicações, deixando grande parte da população confusa e sem saber em quem acreditar, uma vez que cada um se acha dono da razão e tem sua própria “verdade”. 

Mas o que definimos como Fake News e como ela tem se apresentado no meio político? Alguns sites conceituam Fake News como nada mais do que notícias falsas, ou seja, são uma forma de imprensa marrom, que consiste na distribuição deliberada de desinformação ou boatos via jornal impresso, televisão, rádio, ou ainda online, como nas mídias sociais. 

Em fevereiro de 2017 o ex-presidente americano Donald Trump deu uma nova evidência as fake News, acusando um repórter da CNN de produzir notícias falsas, e se recusando a responder sua pergunta em uma conferência de imprensa. Porém, parte da imprensa norte americana o acusa de ter usado notícias falsas para se eleger presidente dos EUA em 2016. 

No Brasil tivemos também acusações por parte da imprensa de que o presidente Jair Bolsonaro teria usado as redes sociais, principalmente o WhatsApp para soltar informações inverídicas. No entanto, o candidato da oposição Fernando Hadad, conforme publicação do jornal o Globo, foi acusado também e inclusive multado pelo TSE, por sua campanha impulsionar notícias contra Bolsonaro na internet. 

Segundo o site wikipedia, notícias falsas não são uma exclusividade do século XXI. Através de toda a história há vários episódios em que rumores falsos foram espalhados tendo grandes consequências, citando dentre vários exemplos, o ocorrido em 1835. Nesse ano, o jornal The New York Sun publicou notícias falsas usando o nome de um astrônomo real e um colega inventado sobre a descoberta de vida na lua. O propósito das notícias foi aumentar as vendas do jornal. No mês seguinte o jornal admitiu que os artigos eram apenas boatos. 

Outrora as informações chegavam tardia ou tínhamos que ficar esperando o Jornal Nacional para sabermos as notícias do dia, agora temos tudo em primeira mão, espalhadas em uma velocidade pelas redes e em todos os jornais escritos ou falado. O jornal digital que é um instrumento de trabalho, veio para facilitar a vida do leitor, que pode carregar a informação na palma de sua mão através do celular e acessar o conteúdo de qualquer lugar. 

Entendo que por vezes, e no intuito de um furo de reportagem, a pressa em querer ser o primeiro veículo a divulgar uma informação, acaba fazendo com que elas não cheguem ao leitor, ouvinte ou telespectador de forma mais clara. Outras vezes por ser má intencionada mesmo, vez que depois da polarização na política brasileira desde 2018, alguns jornais escritos e televisivo tem mostrado claramente de que lado estão e deixado de divulgar informações preciosas, dentro de uma ideologia que acredita. E assim, por ser um instrumento formador de opinião, transmite ao público somente aquilo que lhe convém. 

Isso tem deixado alguns setores do jornalismo brasileiro desacreditado, o que não será fácil para recuperar essa credibilidade, pois há tempos alguns jornalistas deixaram de ser imparciais, o que se torna cada vez mais nítido sua preferência política e partidária, fugindo do que diz o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, em seu Capítulo I, onde trata do direito à informação: Art. 2º - I - A divulgação da informação precisa e correta é dever dos meios de comunicação e deve ser cumprida independentemente de sua natureza jurídica - se pública, estatal ou privada - e da linha política de seus proprietários e/ou diretores. II - a produção e a divulgação da informação devem se pautar pela veracidade dos fatos e ter por finalidade o interesse público; 

O Capítulo II – onde trata da conduta profissional do jornalista, diz no Art. 4º O compromisso fundamental do jornalista é com a verdade no relato dos fatos, razão pela qual ele deve pautar seu trabalho pela precisa apuração e pela sua correta divulgação. 

Acredito que com esforço de todos, denunciando quem pratica tal crime, se os jornais, telejornais e jornalistas usarem mais a informação que a opinião, conseguiremos modificar esse quadro. Precisamos trazer de volta a confiança do público, mesmo falando de um assunto tão complexo como a política e levar uma mensagem com lisura, nessa que é uma das funções mais dignas e nobre: a comunicação.

Artigo entregue para Avaliação na disciplina Mídia e Politica. 

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