quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Conheça a história de uma aluna que não deixou seu sonho envelhecer

Por Gihane Scaravonatti | Revisão: Paulo Aires

“Um dia, lá nos anos 80, cursar Jornalismo foi só um sonho para mim, e eu nunca deixei de acreditar no meu sonho. Em 2018, veio a oportunidade e, então, eu senti: chegou a minha vez. Foi o dia mais feliz da minha vida!”. 

Maria do Carmo Ribeiro tem 55 anos e é estudante de Jornalismo, no Câmpus de Palmas. Falta pouco para ela se formar. Ela vem visualizando a chegada desse momento desde menina, quando se apaixonou pela atmosfera dos programas da rádio, que ouvia, desde manhãzinha, com seu pai. 

“A gente morava num interiorzão, né? Daí, o que pegava era rádio: a rádio da região. Meu pai acordava e já ligava o rádio, tipo, cinco horas da manhã. Eu ficava viajando naquelas programações, nas músicas, nas falas dos locutores... Passei a dizer para minhas primas: um dia, eu vou fazer programação de rádio. Um dia, eu vou fazer televisão. Um dia, eu vou escrever. Um dia, eu vou ser jornalista!” 

Mas, a pequena Muricilândia, município localizado a uns 400km de Palmas e onde a cearense Maria foi criada, não lhe possibilitava, à época, a concretização desse plano. No entanto, ela não desanimou: seguiu cultivando seu objetivo de menina onde estivesse trabalhando. 

Começou, desde cedo, a atuar como professora no município. No final dos anos 90, foi para Tocantinópolis e formou-se em Pedagogia: “sempre gostei de estudar”. Depois, mudou-se para Araguaína e seguiu lecionando, mas, a meta maior sempre foi outra: “ainda vou morar em Palmas, porque lá tem o curso que eu quero. Eu vou estudar Jornalismo: falei isso durante todo o tempo da minha vida!” 

E, como “sonhos não envelhecem”, Maria passou num concurso da rede municipal de ensino de Palmas e veio, enfim, para a capital. Foi professora, diretora, técnica capacitadora... Ajudou a implementar os grêmios estudantis e rádios nas escolas. Desde a época de Muricilândia, também idealizava jornais escolares, cujas páginas eram partilhadas nas paredes das instituições. “De alguma forma, eu sempre fui exercendo uma espécie de jornalismo, por meio de várias práticas, em paralelo à minha carreira de professora”. 

Quando se aposentou, comunicou ao esposo e filhos: “É a hora! Vou estudar na UFT!”. Ingressou, no ano de 2018, no curso que tanto desejou e, agora, está perto de concluí-lo. Já estagia na área; é, também, a diretora de Comunicação da associação comunitária de moradores que integra. "A luta foi grande! Aquele sonho dos anos 80, hoje está se concretizando, profissionalmente. Na vida, é importante termos metas e trabalharmos sempre rumo aos nossos sonhos!" 

Feliz dia, alunas e alunos da UFT! Sigam sonhando e acreditando na inteligência e potência realizadora de todos vocês.

Fonte: https://ww2.uft.edu.br/index.php/ultimas-noticias/29885-conheca-a-historia-de-uma-aluna-que-nao-deixou-seu-sonho-envelhecer#.YRPCgSe2dNs.whatsapp

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